terça-feira, 27 de novembro de 2007

Introdução

Este portfolio é referente à disciplina Estágio de Vivência Docente ( 6 EST 301), ministrado pelo professora Doutora Rosely Sampaio Archela para nos alunos do 3º ano do curso de Geografia da Universidade estadual de Londrina.
Foram desenvolvidas diversas atividades durante o ano, dentro e fora da sala de aula. A experiência vivida nessas atividades está registrada e organizada neste blog, com a finalidade de enriquecer a relação de ensino/aprendizagem do aluno, além de por o colocá-lo em contato com novas tecnologias, pessoas, experiências,etc.

Conclusão

As atividades desenvolvidas durante o ano ( análise de textos, observação e simulação de aulas, instrumentos de ensino, etc) nos permitiram conhecer melhor como funciona a educação e o processo aprendizagem nas salas de aula.

A criação do blog foi uma alternativa que propiciou um contato maior entre aluno e diferentes formas de ensino/aprendizagem, enriquecendo o conteúdo exposto em sala de aula pela professora Rosely Archela.

Análise de blogs

Blog de Patrícia de Souza



http://portfoliopatricia.blogspot.com/



O blog está completo, com textos e atividades que a aluna fez e participou durante o ano de 2007. Apresenta uma boa interface, com fotos e informações que enriqueceram o conteúdo.

O instrumento de ensino utilizado em sala de aula foi a bússola, que é qualquer dispositivo magnético com uma agulha que indica a direção do norte magnético da magnetosfera do planeta. Além da definição, a aluna apresentou '' como se fazer uma bússola'' e tambem a importância do sol no descobrimento de direções.



Blog de Márcio Marchetti



http://portfoliomarcio.blogspot.com/



O blog também está completo e possui muitas fotos anexadas.O instrumento de ensino utilizado '' home page'' ajuda ater uma idéia de como dinamizar o que é proposto em sala de aula pelos professores. Uma matéria pode ser complementada com o auxílio da internet e visitação em diferentes home pages.

Plano de aula - Aula simulada de 8º série

Aula simulada – 8º série

Plano de aula


Data: 31/10/2007
Carga Horária: 30 minutos
Tema: Japão: o gigante do oriente.

1)Objetivo Geral
Compreender a importância do Japão no mundo e o porquê de ser considerado o “gigante do Oriente”.

2)Objetivo Específico

-Relacionar a perda da II Guerra Mundial com o desenvolvimento econômico japonês.
-Compreender porque o país é um grande exportador , sendo considerado o ‘’gigante do Oriente’’
- Mostrar as características físicas do território.
- Mostrar a dependência de recursos naturais estrangeiros

3)Desenvolvimento

- Com a ajuda de um mapa físico e da transparência sobre dados do Japão , irá ser apresentado as características físicas do território japonês : o tamanho de sua área , a apresentação das quatro principais ilhas do país e relação entre a presença elevada de tremores com as placas tectônicas ( ‘’Círculo do fogo do Pacífico’’), além de dados como PIB., moeda e PIB per capita.
- Apresentação de fotos no retro-projetor da montanha mais alta (Monte Fuji) e sua localização no mapa físico.
- Após a explicação física do Japão, será iniciada a explicação sobre a importância econômica do mesmo. Para isso, será lido em sala de aula o trecho inicial do capítulo 16 do livro, sobre as explosões nucleares que aconteceram na Segunda Guerra Mundial
- A partir da leitura, iniciaremos a traçar os pontos pelos quais levaram um país destruído pela guerra se tornar uma potência econômica mundial. Pontos como o investimento dos EUA no Japão pós II G.M., investimento do próprio governo japonês e o objetivo traçado pelo mesmo para alcançar o patamar de grande exportador mundial devem ser citados e explicados.
- Fazer a comparação entre as cidades ( logo após a explosão das bombas e após o crescimento econômico) mostrando as fotos
- Com a explicação econômica finalizada, partiremos para o entendimento da dependência de recursos naturais ( minerais e energéticos fósseis)
-Citar porque o Japão necessita importar recursos
-Citar quais são os recursos que o Japão mais importa.
-Finalizar a aula passando exercícios na lousa para serem feitos em sala de aula.

4)Metodologia
- Uma exposição dos tópicos tratados no livro, utilizando mapas , lousa e retroprojetor para ilustrar o conteúdo apresentado.


5)Atividade
Aplicar em sala de aula as seguintes questões:
> Qual foi a contribuição do governo, das empresas e da população japonesa na reconstrução econômica do país após a Segunda Guerra Mundial?
> De que maneira o Japão conseguiu se tornar um grande exportador de bens industrializados?

6)Atividade extra sala
Pedir aos alunos que pesquisem dados sobre o desemprego e a pobreza no Japão e sobre a relação dos tigres-asiáticos na economia japonesa.



7)Recursos materiais
Giz, lousa e retroprojetor



Bibliografia:

BOLIGIAN, Levon; MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa; ALVES, Andressa. Geografia, espaço e vivência. São Paulo. Atual. 2001

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A fotografia no Ensino da Geografia



O que é e quando surgiu a fotografia?

Fotografia é uma técnica de gravação por meios mecânicos e químicos ou, de uma imagem numa camada de material sensível á exposição luminosa, designada como seu suporte.
A palavra deriva das palavras gregas φως [fós] (''luz''), e γραφις [grafis] ("estilo", ''pincel'') ou γραφη grafê, significando ''desenhar com luz'' ou ''representação por meio de linhas'', ''desenhar''.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1825 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo chamado Betume da Judéia. Foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar.




Diferentes tipos de fotografia:


  • As fotografias sociais: nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia;

  • As fotografias de esporte: nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação;

  • As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia , tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única.

  • As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensasionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes.

A fotografia no ensino da Geografia
O ensino de Geografia apresenta uma necessidade crescente de discutir caminhos que levem o aluno a compreender o mundo a sua volta, rompendo com a simples descrição de paisagens. A utilização da fotografia em sala de aula ajuda o aluno a aumentar a capacidade de percepção e valorização do que está em sua volta.''[...] uma fotografia bem trabalhada pode levar o aluno a refletir sobre suas atitudes e a realidade em que está vivendo, possibilitando o interesse em estar descobrindo e entendendo mais profundamente a imagem fotográfica, observando, e , consequentemente tomar posturas e atitudes diferentes''(SILVA,2004).
Os professores podem usar a fotografia , aproveitando aquelas apresentadas nos livros didáticos e que consideram boas para trabalhar os conteúdos.Em relação às atividades que os professores aplicam para explorar o conteúdo da fotografia são em sua maior parte as discussões e as análises, tanto na rede particular como na estadual, seguidos dos relatos das atividades, pois o aluno tem a oportunidade de se expressar e expor seu conhecimento pré-adquirido do cotidiano(SILVA,2004).

A fotografia, como instrumento de aprendizagem na geografia pode:


  • Despertar conscientização nos alunos, de acordo com o tema abordado na foto;

  • A análise de uma fotografia pode aumentar a capacidade de percepção e valorização do ambiente em que o aluno vive;

  • Estimula ações (os alunos podem ver uma fotografia e a partir dela fazer determinada ação)

  • Possibilidade de conhecer/reconhecer o real;

  • É fonte de dados, fatos e informações;

  • Ajuda a ''materializar'' o que nunca foi visto antes;

  • A geografia e a fotografia podem nos indicar de que maneira podemos olhar a paisagem e levar o aluno a observar o mundo além da sala de aula;
  • À primeira vista, o registro fotográfico pode ser um instrumento de direcionamento e exclusão , cabendo ao professor (de Geografia) saber explorar essas diferentes facetas. É direcionada por possiblitar uma programação prévia, facilitando ou dificultando sua interpretação;

Atividade com fotografia na aula de geografia

  • Separar a sala em grupos, onde cada grupo deveria mostrar, por meio de fotos, temas relacionados a geografia: meio ambiente, urbanização, industrialização, etc e fazer uma exposição com os diferentes temas, estimulando o aluno a expor os prós e contras dos temas tratados pela fotografia e inseridos na geografia;

Matérias e concursos sobre fotografia que estimulam a visão crítica do aluno:
Disponível em:
http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030706/pri_cid_060703_202.htm

http://www.terrana.com.br/SOSCERRADO/html/CONCURSO%20REGULAMENTO.htm

http://www.universidadedafotografia.com.br/concurso/regulamento.asp

Conclusão:
A utilização da fotografia no ensino da Geografia deve ser algo constante na vida dos alunos, seja pelas fotos contidas nos livros didáticos , ou seja por uma visita a uma exposição fotográfica. Como futuros professores de geografia, devemos ter nessa prática uma constante na geografia, fazendo com que o aluno desenvolva habilidades críticas que visem a elaboração de conceitos e valores que o estimule a modificar suas atitudes em relação ao meio.

BIBLIOGRAFIA:

SILVA, Renata Martins. O uso da fotografia no ensino da Geografia.Londrina.2005.Monografia (Especialização em Ensino de Geografia)- Universidade Estadual de Londrina (pag. 76 a 84)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia

http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030706/pri_cid_060703_202.htm

http://www.terrana.com.br/SOSCERRADO/html/CONCURSO%20REGULAMENTO.htm

http://www.universidadedafotografia.com.br/concurso/regulamento.asp

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&defl=pt&q=define:Fotografia&sa=X&oi=glossary_definition&ct=title

Fichamento: ''As transformações da Geografia no Brasil: Pesquisa, Ensino e formação do professor''

A fundação da Faculdade de Filosofia da USP e do Departamento de Geografia em 1946 teve papel fundamental na formação da ciência Geográfica.Antes da criação da FFCL- USP não existia o curso de geografia no Brasil. O período correspondente ao ano de 1886 foi chamado de Pré história da geografia, sendo que os primeiros pesquisadores que estudaram o espaço no Brasil não eram geógrafos.
No Brasil, a formação de uma Geografia científica se deu a partir de 1930, e nos anos de 40 e 50 o estudo da geografia dava grande importância aos estudos regionais.Para compreender o que os Pofessores franceses trouxeram para o Brasil e a geografia que os brasileiros iriam produzir era necessário conhecer o domínio da organização do espaço, a apropriação do território e a sistematização do espaço geográfico e também o que acontecia na Europa no século XIX.
Os seguintes autores contribuíram para a formação da ciência geográfica como ela é : Humboldt e Karl Ritter foram importantes na Geografia Tradicional, Ritter principalmente no estudo de lugares e na diferenciação de regiões. Karl Marx analizou o sistema capitalista em plena exploração das relações homen/natureza.
O curso de Geografia e História, entre as décadas de 40 e 50, apresentava em seu currículo as seguintes atividades (especificamente para Geografia): aulas teóricas, seminários e excursões, estas, tinham dois objetivos distintos, um caráter didático em que mostravam os aspectos típicos da paisagem e um caráter de pesquisa, destinado à coleta de observações dentro de um plano pré-fixado. Este currículo estava organizado em 4 anos, sendo que nos três primeiros as disciplinas eram obrigatórias, no último ano havia as disciplinas de Didática, Psicologia Educacional e duas outras opcionais. Havia pouca produção relativa aos aspectos teóricos e metodológicos da Geografia.
O questionamento da geografia no Brasil se deu a partir de certos pontos, tais como:
- A crise da economia nacional agro exportadora e do capitalismo mundial;
- O planejamento econômico , urbanização e modificações do quadro agrário;
-Intensificação da reflexão teórico-metodológica no Brasil a partir de 1970;
-Criação da Associação de Geografia Teorética , com procedimentos quantitativos em suas análises (As tendências na geografia “teorética quantitativa” utilizam modelos originados das ciências físicas e biológicas para explicar a realidade social. Essas tendências foram consideradas positivistas, e substituíram a observação direta por um empirismo mais abstrato, com uma linguagem mais elaborada, sem deixar de constituir uma vertente conservadora.A geografia teorética não obteve repercussão direta nas escolas de 1º e 2º graus, pois estávamos vivendo no regime militar, sendo que foram levados as escolas livros completamente desviados e empobrecidos em seu conteúdo geográfico, que muitas vezes tiveram seu conteúdo alterado pela proposta de Estudos Sociais);
- Análise mais rigorosa do espaço, além influência de teóricos marxistas na produção de geografia na década de 80.No ano de 1971, os Estudos Sociais foi implantado na rede de ensino do país, e , após vários estudos e avaliações uma série de objetivos foram traçados, tais como : a permanência de dois professores em sala de aula e a oportunidade de utilizar técnicas renovadas de ensino para usar a criatividade no preparo e desenvolvimento das aulas.
No final da década de 70, instala-se o colégio de aplicação e a instauração da Lei 5692/71, nos cursos de formação de professores. A legislação imposta de forma autoritária tinha a intenção de transformar a geografia e a história em disciplinas inexpressivas.Um grupo de trabalho ligado ao MEC elaborou um “guia curricular” de estudos sociais, que foi valorizado, por traduzir ao professor o sentido do trabalho que dele se esperava.Estudos sociais nas escolas vocacionais e nos colégios de Aplicação.O sentido de “Estudos Sociais” nos ginásios Vocacionais e colégios de Aplicação diferenciam muito daquele que foi implantado em 1971. Nessas escolas se empregava um novo projeto em resposta as metodologias tradicionais, com efetivação das características da Escola Nova, que não existia no Brasil.
O planejamento das atividades curriculares da área de estudos sociais estava baseado no seguinte modelo: área núcleo, círculos concêntricos, e estudos da comunidade, a área principal do circulo. Introduziu no Colégio a área de Estudos Sociais que compunha professores de Historia e Geografia, com uma coordenação pedagógica atuando na organização e no desenvolvimento de uma integração horizontal e vertical e no trabalho por áreas.As repercussões da Lei 5692/71 nos cursos de formação de professorLei aprovada em 1966 criou três tipos de licenciaturas, Ciências, Estudos Sociais e Letras com duração de três anos.
Na década de 1970 o período de expansão das escolas da rede particular de ensino superior que proliferaram na capital e no interior do Estado de São Paulo, sob o respaldo do Conselho Federal de Educação. Com esta lei ocorreu a chamada “democratização de ensino”.
A lei 5692/72 causou grandes conseqüências com relação à formação de profissionais para a educação, trazendo uma má formação dos futuros docentes. Além de enfraquecer a formação científica do professor, essa lei dificultava a disseminação de informação para a população. Alguns críticos da lei apontaram que o fato dos alunos aprenderem os conteúdos pré-estabelecidos, nem o professor nem o aluno desenvolviam o raciocínio histórico ou geográfico.Enquanto que nas faculdades particulares o ensino era pobre e fraco na discussão humanística, nas universidades públicas mantinha-se o debate, por meio de geógrafos franceses contemporâneos. Alguns desses introduziram na Geografia conceitos marxistas, que pressupunham a transformação do mundo.
O contexto vivido pelos professores de Geografia na década de 1980 era precário (salários baixos, condição das estruturas da escola), além da dificuldade dos professores, de acesso, às atualizações e reflexões necessárias a formação docente. Entretanto, as mudanças foram paulatinamente acontecendo. A produção de livros didáticos de qualidade também contribuiu para melhoria do ensino.Muitos professores de Geografia ao tomarem contato com os documentos elaborados pela AGB “assustaram-se, pois as propostas, segundo eles, eram muito distantes de sua formação acadêmica e profissional. Foi difícil em primeiro momento, para eles entenderem as teorias e os métodos que fundamentaram a proposta;” as implicações ideológicas embutidas na disciplina ao uso de método que não transmitia conceitos prontos mas que, ao contrario, propunha a participação do professor e aluno no processo de construção dos conceitos e do saber geográfico”Muitos conceitos foram discutidos entre os professores, principalmente àqueles relacionados ao marxismo, que visavam a transformação da sociedade. Nos dias atuais, ainda encontra-se alguns pontos que relembram o ensino imposto pela lei 5692/71 e 72, porém há uma maior discussão de temas e pontos que abrangem todo o carater educacional do ensino da geografia, no ensino público e particular.

Bibliografia:
PONTUSCHKA, N.N. “As transformações da geografia no Brasil: pesquisa, ensino e formação do professor”. In: A formação pedagógica do professor de geografia e as práticas interdisciplinares. São Paulo, 1994. p 29-83.

O que é Portfólio?

O Portfólio é a descrição de sua pessoa, composta por uma interface que corresponda a seus gostos e perfil.O mesmo poderá ser seu cartão de visita, on-line ou impresso, que irá muito além das ferramentas oferecidas pela informática.

A criação deste portfólio, por exemplo, tem o intuito de ampliar e registrar os conhecimentos do aluno, professor ou qualquer outra pessoa que esteja interessado no ensino da Geografia.

A junção entre Portfólio e blog resulta em uma ferramenta de grande uso , principalmente para estudantes do meio acadêmico, ajudando a aproximar e facilitar a comunicação entre professores e alunos, além de ser um estimulante para pesquisas e na troca de informações com pessoas de diferentes partes do país e do mundo.

Assim, o Portfolio é uma estratégia, é um diário de aprendizagem onde registramos
constantemente, a partir da pesquisa, uma seleção de amostras do nosso trabalho, nossas dúvidas e nossas conquistas, o que nos leva à descoberta do mundo do conhecimento.


BIBLIOGRAFIA:
Disponível em:



Acesso em : 07/09/2007